O Evangelho nas casas e famílias
Jesus Cristo é o Evangelho na casa de Maria! Jesus Cristo é a Boa Notícia que fez da casa de Maria e José o Sagrado lar de Nazaré. Ele é a fonte transformadora do dinamismo da vida dos casais como aconteceu com Maria e José. O que teria sido desse casal sem a presença de Jesus? Certamente teria sido um como os outros e ficariam esquecidos na história.
O fator determinante da Sagrada família de Nazaré foi a pessoa de Jesus Cristo. A presença de Jesus santifica a família onde ela está e como se encontra. A identidade e a dinâmica da Vida de Maria e José foram determinados pela pessoa de Jesus Cristo. Maria, porque foi predestinada para ser a mãe do Salvador, Deus Pai a preservou de toda forma de pecado. E todo o dinamismo das virtudes de José, que certamente teria sonhos de muitos filhos como era natural naquele tempo, tornou-se simplesmente e com toda honra, o companheiro da Virgem Maria, pai adotivo e protetor do menino Jesus.
A Boa Nova de Deus Pai, o Salvador da humanidade, nasceu no interior de uma família e sempre em seu ministério de salvação esteve próximo às famílias. Jesus de Nazaré deu atenção às famílias. O Evangelho da Vida entrou em muitas casas: esteve num estábulo quando nasceu e aquele ambiente se tornou lugar de encontro, centro de peregrinação, ponto de convergência e harmonia de homens, animais e anjos (cf. Lc 2,1-20). Onde a presença do Evangelho do Amor é real, a harmonia é implantada.
O Evangelho da Verdade esteve na casa de Mateus, que de cobrador de impostos, o transformou em seu discípulo e apóstolo (cf. Mt 9,9-13).
O Evangelho da Salvação esteve na casa de Zaqueu, que de rico e desonesto que era, converteu-se assumindo vida nova, capaz de compartilhar! (cf. Lc 19,1-10).
O Evangelho da Misericórdia esteve na casa de Simão, o leproso, que de mesquinho e desconfiado que era, foi inundado pelas manifestações de perdão e misericórdia de Jesus diante da pecadora (cf. Lc 7,36-50).
O Evangelho do Consolo esteve na casa de Marta e Maria, transformando a dor do luto em celebração de alegria e gratidão a Deus pela vida resgatada (cf. Jo 11,1-44).
O Evangelho da Saúde esteve na casa da sogra de Simão Pedro que estava doente, mas ao ser tocada, imediatamente recuperou a saúde e ela começou a servir a todos (cf. Mc 1,29-31).
O Evangelho da Autenticidade esteve nas sinagogas e no templo de Jerusalém purificando a prática religiosa, advertindo a todos para a necessidade do primado da pura fé da qual deve brotar a centralidade do amor a Deus e ao seu próximo (cf. Jo 2,13-17).
O Evangelho da Compaixão entrou na casa de famílias pagãs da região de Tiro e Sidônia e encontrou muitas pessoas que passavam por graves problemas (cf. Mc 7,24-30).O Evangelho da alegria nas famílias de hoje
Muitos são os problemas causadores de profundos sofrimentos para as famílias de hoje: frieza, fragilidade do senso de pertença, falta de corresponsabilidade, desentendimentos, discórdia, brigas entre parentes, ciúmes, inveja, disputas internas, violência, abusos sexuais, estresse, fuga da convivência, traição, indiferença, vícios, desemprego, falta de diálogo, indelicadezas, grosserias, ingratidão, solidão, etc.
Para todas as situações existenciais, o Evangelho da Vida é a fonte de solução. Recordemos as palavras do Papa Francisco afirmando que a todos “é preciso fazer-lhes experimentar que o Evangelho da família é alegria que enche o coração e a vida inteira, porque, em Cristo, somos libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento” (EG,1; AL,200). A pastoral familiar «deve fazer experimentar que o Evangelho da família é resposta às expectativas mais profundas da pessoa humana: a sua dignidade e plena realização na reciprocidade, na comunhão e na fecundidade” (AL,201). A restauração da fé em Jesus Cristo transformará cada família numa agência promotora de boas notícias para a Igreja e a sociedade.
PARA REFLEXÃO PESSOAL:
- O que é o Evangelho?
- Como Jesus deu atenção às famílias?
- No seu parecer, quais são os maiores desafios para a evangelização da família?