Na quinta-feira dia 15/06/2017 aconteceu a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo na Comunidade de Santo Antônio- Rio Bananal/ES. A celebração contou com as Comunidades do Setor Santo Antônio (Santo Antônio, Santa Maria Goretti, Primavera, Panorama X, Panorama São José, Santa Elena, Santa Ana, Bananalzinho, Iriritimiriam, São João Batista, São João Bosco.)
A Santa Missa foi presidida pelo Pároco Pe José Gódio Sobrinho. A animação foi feita pela equipe de Canto da Comunidade de Santo Antônio e demais comunidades do Setor.
Neste encontro fraterno em que
fazemos memória da Instituição da Eucaristia,
Sacramento da doação, morte e ressurreição de
Jesus. A Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo
ressoa como eco da Celebração da QuintaFeira
Santa, quando Jesus instituiu a Eucaristia.
Nesta festa do Corpo e Sangue
de Cristo, a comunidade cristã recorda o Deus
que se fez e se faz companheiro de caminhada,
armando sua tenda no meio do povo e
estabelecendo com ele a Sua aliança; acolhe a
Palavra libertadora de Jesus e proclama o triunfo
sobre as forças da morte. Assim, a cada geração
é dada a possibilidade de participar do mesmo
Sacramento do Senhor até que Ele venha!
A Eucaristia é o “memorial da
morte e ressurreição de Jesus: sacramento de
piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade,
banquete pascal, em que Cristo é comunicado
em alimento, o espírito é repleto de graça e
nos é dado o penhor da glória futura.” “Isto
é o meu Corpo, que é dado por vocês. Este
cálice é a nova aliança do meu Sangue, que é
derramado por vocês.” O fato de Jesus partir o
Pão e repartir o Vinho com os discípulos tem um
significado muito grande. É muito mais do que
um símbolo. Momentos depois, na cruz, Jesus
se entrega radicalmente: seu corpo é mutilado,
seu sangue derramado. Testemunho pleno em
favor da Justiça, da Fraternidade, para que
todos tivéssemos vida e vida plena.
A Eucaristia não é, pois, a celebração
de um ato isolado na vida de Jesus, mas de uma
vida totalmente doada a serviço dos outros.
É, também, celebração da memória dos
mártires que, no seguimento fiel de Jesus Cristo,
doaram sua vida até o fim, pela causa do
Reino. A fraternidade em torno de nós e no
mundo é a maior exigência da Eucaristia. Este
é um compromisso radical e permanente de
todo discípulo de Jesus: fazer de sua vida uma
Eucaristia, que se reparte em gestos concretos
na dia a dia. A Eucaristia nos leva para fora
de nós, para junto dos famintos de pão e de
solidariedade. Desafia-nos a participar da
construção de uma sociedade mais justa,
fraterna, solidária, fundamentada nos valores
do Reino. A Eucaristia nos questiona. Até que
ponto é possível celebrar a Eucaristia como
memorial de Libertação, em um contexto de
exclusão, fome e injustiças?
Toda a criação é um presente de
Deus Pai para os seus filhos e filhas. É sempre
bom lembrar-se disso! Só assim a consciência
humana se desperta para o cuidado com
ela. “O cuidado dos ecossistemas requer
uma perspectiva que se estenda para além
do imediato, porque, quando se busca
apenas um ganho econômico rápido e
fácil, já ninguém se importa realmente
com a sua preservação”. (Laudato Si, nº 36) O
tema proposto pela CNBB para se refletir
no período da Quaresma deste ano traz
mais uma vez para a oração a questão
da sustentabilidade e do cuidado com a
natureza. “Fraternidade: Biomas brasileiros
e defesa da vida” e o lema é “Cultivar e
guardar a criação”. É oportuno refletir e
rezar sobre esta realidade dos biomas. Este
conjunto de diferentes ecossistemas que
compõem o Brasil influencia diretamente
não só nas características físicas da pessoa
de uma região, mas também na alma, pois
determina os traços de uma cultura. A riqueza
é imensa. Pena que ainda estamos destruindo.
O apelo do Papa Francisco é claro:
“O tempo para encontrar soluções globais
está acabando”. Portanto, a criação amada
e desejada por Deus, é ambiente concreto
onde o homem realiza sua vocação. Por isso,
colocou o homem no jardim com a vocação de
cultivar e guardar a criação. Quando o homem
realiza esta vocação consegue contemplar a
grandeza de Deus em sua criação e ouve a
sinfonia silenciosa de louvor nela contida. E ao
fazer isso deve defender a terra, a água e o ar
como dons da criação que pertence a todos.
A Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) instituiu o Ano Nacional
Mariano no contexto das comemorações dos
300 anos do encontro da imagem de Nossa
Senhora Aparecida, no Rio Paraíba do Sul,
que teve início em 12/10/2016 e se concluirá
em 12/10/2017, na Solenidade de Nossa
Senhora Aparecida. “A celebração dos 300
anos é uma grande ação de graças. Desde
2014, as dioceses do Brasil se prepararam
para esta comemoração, recebendo a visita
da imagem peregrina de Nossa Senhora
Aparecida”. Para os bispos do Brasil, o gesto
de percorrer cidades e periferias, lembra os
pobres e abandonados que são os prediletos
do coração misericordioso de Deus.
- Nossa Senhora Aparecida vem
até nós por meio de sua imagem peregrina.
Maria que pelo seu “sim” trouxe ao mundo
o nosso Salvador. Sua visita é um gesto de
retribuir a peregrinação dos romeiros ao seu
Santuário. É também uma maneira de ir ao
encontro daqueles que ainda não tiveram
a oportunidade de visitar a casa da Mãe
Aparecida. A comunidade que recebe a visita da
imagem que representa a Mãe de Jesus, entra
na dinâmica da Salvação que nos é oferecida
por meio da Santa Eucaristia.
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