Novembro 2013 – O Congresso Nacional homenageia
em plenária, no dia 4 de novembro às 17h, a campanha de conscientização sobre o
câncer de próstata Novembro Azul e a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
pelas suas ações de orientação da população sobre a doença. Logo após a
homenagem, o Congresso foi iluminado de azul em sinal de apoio à iniciativa.
No Rio de Janeiro, o Cristo Redentor e a Igreja da Penha também receberam a luz
azul.
Depois de o mês de outubro ser
marcado pela campanha de mobilização para prevenção do câncer de mama,
conhecida como Outubro Rosa, agora é a vez dos homens. O mês de novembro é
internacionalmente dedicado às ações relacionadas ao câncer de próstata e à saúde
do homem. .
O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o de
maior incidência nos homens. As taxas da manifestação da doença são cerca de
seis vezes maiores nos países desenvolvidos.
Cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem em homens com
mais de 65 anos. Quando diagnosticado e tratado no início, tem os riscos de
mortalidade reduzidos. No Brasil, é a quarta causa de morte por câncer e
corresponde a 6% do total de óbitos por este grupo.
A próstata é uma glândula que só o homem possui, localizada na parte
baixa do abdômen. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto. A próstata
envolve a porção inicial da uretra, tubo pelo qual a urina armazenada na bexiga
é eliminada. Ela produz cerca de 70% do sêmen, e representa um papel
fundamental na fertilidade masculina.
Uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais
integrais e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a
diminuir o risco do câncer. Especialistas recomendam pelo menos 30 minutos
diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o
consumo de álcool e não fumar.
Homens a partir dos 50 anos devem procurar um posto de saúde
para realizar exames de rotina. Os sintomas mais comuns do tumor são a
dificuldade de urinar, frequência urinária alterada ou diminuição da força do
jato da urina, dentre outros. Quem tem histórico familiar da doença deve avisar
o médico, que indicará os exames necessários.
Exames
O toque retal é o teste mais
utilizado e eficaz quando aliado ao exame de sangue PSA (antígeno prostático
específico, na sigla em inglês), que pode identificar o aumento de uma proteína
produzida pela próstata, o que seria um indício da doença. Para um diagnóstico
final, é necessário analisar parte do tecido da glândula, obtida pela biópsia
da próstata.
A Sociedade Brasileira de Urologia
recomenda que todos os homens com 45 anos de idade ou mais façam um exame de
próstata anualmente, o que compreende o toque retal feito e o PSA. Segundo
especialistas, o toque retal é considerado indispensável e não pode ser
substituído pelo exame de sangue ou por qualquer outro exame, como o ultrassom,
por exemplo.
Tratamento
Caso a doença seja comprovada, o
médico pode indicar radioterapia, cirurgia ou até tratamento hormonal. Para
doença metastática (quando o tumor original já se espalhou para outras partes
do corpo), o tratamento escolhido é a terapia hormonal.
A escolha do tratamento mais adequado
deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos
e benefícios de cada um.
Rede pública
A Política Nacional de Atenção
Oncológica garante o atendimento integral a todos aqueles diagnosticados com
câncer, por meio das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia
(Unacon) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia
(Cacon).
Todos os estados brasileiros têm pelo
menos um hospital habilitado em oncologia, onde o paciente de câncer encontrará
desde um exame até cirurgias mais complexas. Mas para ser atendido nessas
unidades e centros é necessário ter um diagnóstico já confirmado de câncer por
laudo de biópsia ou punção.
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