Sem Mim, nada podeis fazer. (Jo 15,5)

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Nada te pertube, nada de espante. Tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alçança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta!
Santa Tereza de Ávila

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

É PROIBIDO FUMAR...

A Lei Antifumo, que proíbe fumar em locais fechados — públicos ou privados — e acaba com os tradicionais fumódromos, entra em vigor nesta quarta-feira (3) em todo o Brasil. Os estabelecimentos comerciais que desrespeitarem a norma podem ser multados e até perder a licença de funcionamento.
Com a vigência da lei 12.546, aprovada em 2011, mas regulamentada em 2014, fica proibido fumar cigarrilhas, charutos, cachimbos, narguilés e outros produtos em locais de uso coletivo, públicos ou privados, como hall e corredores de condomínio, restaurantes e clubes, mesmo que o ambiente esteja parcialmente fechado por uma parede, divisória, teto ou até toldo.

Para especialistas, a medida é um avanço no combate ao hábito de fumar. Pouco mais de 11% da população brasileira é fumante.
Imagem de câncer de pulmão: 90% dos casos da doença têm relação com o tabagismo
Onde pode fumar?
Será permitido fumar em casa, em áreas ao ar livre, parques, praças, em áreas abertas de estádios de futebol, em vias públicas e em tabacarias, que devem ser voltadas especificamente para esse fim. Entre as exceções também estão cultos religiosos, onde os fiéis poderão fumar, caso isso faça parte do ritual.
Nas Américas, segundo a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), 16 países já estabeleceram  ambientes livres de fumo em todos os locais públicos fechados e de trabalho: Argentina, Barbados, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, Jamaica, Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.
Dados do Inca (Instituto Nacional do Câncer) mostram que cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão, o mais comum de todos os tumores malignos, estão relacionados ao tabagismo. A instituição estima que em 2012 foram diagnosticados mais de 27 mil novos casos da doença, considerada “altamente letal”.
Segundo o epidemiologista e consultor médico da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, o hábito de fumar está ligado não só a cânceres no aparelho respiratório, mas também a outros como de bexiga e intestino e pode causar outras doenças, como hipertensão e doenças reumáticas.
— A gente sempre associa o hábito de fumar ao câncer, mas não é só o câncer, são quase 50 doenças que ele pode causar, direta ou indiretamente.
Scaff lembrou que os males podem atingir a pessoa que fuma e a que está ao lado, o fumante passivo.
O epidemiologista conta que, enquanto no fim da década de 80, uma pesquisa apontou que cerca de 35% da população adulta era fumante, esse número hoje gira em torno de 11%. Para ele, essa redução também se deve à legislação, que impede que as pessoas fumem em qualquer lugar, e às limitações de propaganda.
— A entrada em vigor da Lei Antifumo vai limitar o lugar onde a pessoa pode fumar, isso já não permite que ela fume a todo momento. Só para lembrar, um tempo atrás, você podia fumar em avião, no ambiente de trabalho, dentro do cinema, em qualquer lugar podia puxar o cigarro.
O especialista alerta que as pessoas precisam entender que o hábito de fumar é um vício, uma doença que precisa de tratamento. Ele ressalta que a rede pública disponibiliza em todo o Brasil medicamentos e insumos necessários para quem quer parar de fumar. (fonte R7)
                                                                  FUMANTE PASSIVO

O tabagismo passivo corresponde à exposição de pessoas não fumantes ao ar contaminado pela fumaça do cigarro. O cigarro em combustão libera mais de 4.000 substâncias químicas, capazes de irritar os olhos e as vias respiratórias. A fumaça do cigarro também contém mais de 50 agentes capazes de provocar câncer em animais e no ser humano.
Não existe nenhum nível seguro de exposição ao tabagismo passivo. Mesmo pequenas exposições podem trazer riscos à saúde, aumentando a ocorrência de doenças e a mortalidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a fumaça do cigarro presente no ar ambiente também é considerada um agente cancerígeno.
Os principais locais de exposição ao tabagismo passivo são a residência e o ambiente de trabalho. A intensidade da exposição depende do número de cigarros fumados, do tamanho do local, da circulação do ar no ambiente e da duração do tempo de exposição.
Nas restaurantes, bares e casas noturnas o índice de exposição à fumaça do cigarro também é elevado. Nos espaços reservados para fumantes, mesmo havendo ventilação adequada, a concentração de agentes tóxicos no ar é muito elevada.
Perigos do tabagismo passivo
Vários estudos recentes confirmaram a existência de riscos para a saúde associados ao tabagismo passivo. Foi demonstrado que o tabagismo passivo pode causar as mesmas doenças provocadas pelo tabagismo ativo, incluindo câncer de pulmão, outras doenças respiratórias e cardiovasculares.
A cotinina é uma substância que pode ser dosada no sangue e indica a intensidade de exposição ao tabagismo. Foi demonstrado que as pessoas expostas ao tabagismo passivo têm níveis elevados de cotinina no sangue. Nas crianças, os níveis de cotinina no sangue são maiores quando os pais fumam. Quando a exposição é intensa e/ou prolongada, como no ambiente doméstico e no trabalho, os níveis de cotinina podem ser muito elevados, a ponto de aumentar o risco de câncer de pulmão.
Os não fumantes costumar sentir incomodados quando expostos ao tabagismo passivo. Estas pessoas podem apresentar irritação nos olhos, dor de cabeça, dor na garganta, enjôo e dificuldade respiratória. Mesmo a exposição de curta duração pode ser prejudicial.
O tabagismo passivo é especialmente perigoso na gravidez, podendo prejudicar o crescimento do feto e aumentar o risco de complicações durante a gravidez e o parto, tais como a morte fetal, o parto prematuro e o baixo peso ao nascer. Os recém-nascidos e as crianças pequenas também são muito prejudicados. As crianças expostas à fumaça do cigarro têm maior risco de morte súbita, bronquite, pneumonia, asma, exacerbações da asma e infecções de ouvido. O risco para a criança é maior quando a mãe ou o pai são fumantes. O crescimento das crianças também pode ser prejudicado.
Nos adultos, o tabagismo passivo pode provocar doenças crônicas e aumentar a mortalidade. O tabagismo passivo no ambiente de trabalho aumenta o risco de câncer de pulmão em 12 a 19%. Este risco aumenta com o número de anos e a intensidade da exposição. A presença de um fumante no ambiente doméstico aumenta o risco de câncer de pulmão em 20 a 30% para os não fumantes. Quando a exposição é interrompida, ocorre diminuição gradual ao longo do tempo.
A exposição prolongada ao tabagismo passivo piora a função pulmonar. O tabagismo passivo também está associado a outras doenças respiratórias, sendo um importante causador de agravamento para pessoas com asma, alergias e doença pulmonar obstrutiva crônica (bronquite crônica e enfisema pulmonar). O tabagismo passivo também diminui a capacidade para o exercício.
A convivência com um fumante aumenta o risco de doenças cardíacas coronarianas em 25% a 30%. O tabagismo passivo aumenta o risco de aterosclerose e diminui o colesterol bom, mesmo nas pessoas jovens. Estas alterações aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Existem cada vez mais indícios de relação entre o tabagismo passivo e o derrame cerebral. Mesmo exposições pequenas podem ter consequências sobre a coagulação do sangue, favorecendo a ocorrência de trombose. As pessoas com doenças cardíacas podem sofrer arritmias, diante da exposição à fumaça do cigarro. O risco de infarto do miocárdio também aumenta.
Estudos recentes indicam que a exposição ao tabagismo passivo aumenta o risco de perda da visão, por degeneração da retina. O tabagismo passivo também aumenta o risco de morte. O ar contaminado pela fumaça de cigarro, em casa ou no trabalho, é a terceira principal causa de morte prematura evitável, perdendo apenas para o consumo voluntário de cigarro e o alcoolismo.
Prevenção
A prevenção da exposição passiva à fumaça do cigarro é um passo muito importante para evitar doenças pulmonares, cardiovasculares e mortalidade. Várias medidas podem ser tomadas no ambiente doméstico, no trabalho e no lazer para diminuir estes riscos.
Os fumantes devem ser conscientizados sobre os prejuízos que causam à saúde das outras pessoas. O uso de cigarro no ambiente doméstico deve ser evitado. Mesmo conhecendo os riscos, se os pais optarem por continuar fumando, o melhor é não fumar dentro de casa, nem na proximidade das crianças.
Nos ambientes de trabalho em que foi proibido o uso de cigarros, foi observada uma redução significativa nos níveis de nicotina no ar. As empresas devem incentivar os hábitos de vida saudáveis pelos funcionários e criar medidas de apoio ao fim do tabagismo.
Os ambientes de lazer também são locais de grande exposição à fumaça do cigarro. É importantes que os bares, restaurantes e casas noturnas criem estratégias para diminuir a exposição ao tabagismo passivo.
Conclusão
Já é bem conhecido que o hábito de fumar traz muitos malefícios à saúde das pessoas. É importante salientar que as doenças produzidas pelo tabagismo também podem acometer pessoas que nunca fumaram, mas tiveram exposição ao tabagismo passivo. Estes efeitos são especialmente graves nas gestantes, nas crianças e nas pessoas com problemas respiratórios e cardiovasculares.
Então, fique atento: se você é tabagista, lembre-se de que você pode ser responsável pelo adoecimento das pessoas do seu convívio, em casa, no trabalho e no lazer. Se você não fuma, evite ambientes contaminados pela fumaça do cigarro. (fonte: boasaúde)


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