Sem Mim, nada podeis fazer. (Jo 15,5)

Sem Mim, nada podeis fazer. (Jo 15,5)


Nada te pertube, nada de espante. Tudo passa. Deus não muda. A paciência tudo alçança. Quem a Deus tem, nada lhe falta. Só Deus basta!
Santa Tereza de Ávila

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

SÍMBOLOS NATALINOS - PRESÉPIO

PRESÉPIO
Presépio no teto da Igreja de Sano Antônio/Rio Bananal/ES- Pintor: Alberto Bogani

Presépio (em hebraico ebus e urvã; em latim praesepium) siginfica em hebraico "a manjedoroura dos animais", mas também o termo é usado frequentemente para indicar o próprio estábulo (lugar coberto onde se recolhe o gado). Segundo o evangelista Lucas, Jesus ao nascer foi reclinado em um presépio que provavelmente seria uma manjedoura das que existiam nas grutas naturais da Palestina (algo parecido com a foto abaixo e acima), utilizadas para recolher animais. Já São Jerônimo diz que o presépio de Jesus era feito de barro, aproveitando-se uma saliência da rocha e adaptando-a para tal finalidade.
Esta é, sem dúvida, a versão mais aceita sobre o presépio. Outras hipóteses admitidas posteriormente na antiga Roma não merecem boa acolhida. A presença de um boi e um jumento junto à manjedoura de Jesus não é mencionada em Lucas, devendo-se acreditar em uma interpretação errônea de traduções dos Evangelhos. 
A partir de São Francisco de Assis os Presépios tornaram-se frequentes, apresentando Jesus deitado na  manjedoura, Maria e José, os pastores e também os Magos. Naturalmente, deve-se também levar em conta a inspiração e a imaginação dos artistas da época na diversidade das cenas do nascimento do Salvador. O certo é que a reconstituição da cena do nascimento de Jesus tem origem remota, pois São Francisco de Assis montou um Presépio com figuras esculpidas na noite de 24 para 25 de dezembro de 1223, na aldeia de Greccio.
 

Era uma manjedoura cheia de feno colocados perto dela uma boi e um jumento, Acima da manjedoura foi improvisado um altar e nesse cenário ocorreu a missa da meia-noite, na qual o próprio Santo com a vestimenta de diácono cantou solenemente o Evangelho juntamente com o povo simples e pronunciou comovente sermão sobre o nascimento do Menino Jesus. Um dos presentes teve a visão de que na manjedoura dormia uma criança e de que São Francisco de Assis aproximou-se dela, acordando-a. 

Estava, pois reconstituída ao vivo a histórica cena, então denominada Presépio. Assim, de maneira inédita, todos os presentes - religiosos, convidados e as pessoas humildes do povoado - festejaram com sentimento e alegria a festa de Natal do Salvador. Esta cena foi narrada em 1229 por Tommaso de Celano, biógrafo de São Francisco de Assis, na Vita Prima, da seguinte maneira:
"Corria o ano de 1223 e aproximava-se o Natal. Francisco, que não deixava dia e noite de meditar os inefáveis mistérios da vida, paixão e morte de Jesus Cristo, resolveu celebrar de maneira nova e original a festa do nascimento de Cristo. Achando-se no eremitério de Fonte Colombo, disse a João Velita, amigo e admirador seu, membro da Ordem Terceira: "Senhor João, se quiser me ajudar, celebraremos este ano o Natal mais belo que jamais se viu!" E o amigo retrucou logo: "Certo que quero, meu Pai". Então Francisco completou: "Num dos bosques que cercam o eremitério de Greccio, há uma gruta semelhante à de Belém. Desejaria ali representar a cena de Natal. Tenho licença do Santo Padre para fazer esta evocação da Natividade de Cristo!" João decidido, apenas acrescentou: "Compreendi. Deixa tudo por minha conta, meu Pai". 
Na noite de Natal os sinos do vale de Rieti, bimbalhavam festivamente e os habitantes, avisados da nova celebração, acorriam das aldeias, dos castelos, dos casarios mais distantes, pelos caminhos saibrosos, sob a cintilação das estrelas, pela noite gelada, mas límpida. Acorriam todos, levando oferendas como os pastores da Judéia, enquanto dos eremitérios de Fonte Colombro e de Poggio Bustone e de outros lugares vinham os frades em procissão com tochas acesas, entoando litanias (ladainhas), meio devotos, meio curiosos da grande novidade. As tochas iluminavam a noite que tinham iluminado todos os dias e os anos com sua brilhante estrela. Por fim, chegou o Santo e, vendo tudo preparado, ficou satisfeito... Greccio tornou-se uma nova Belém, honrando a simplicidade, louvando a pobreza e recomendando a humildade. Anoite ficou iluminada como o dia, e estava deliciosa para os homens e para os animais... O povo foi chegando e se alegrou com o mistério renovado em uma alegria toda nova. O bosque ressoava com as vozes que ecoavam nos morros. Os frades cantavam dando os devidos louvores ao Senhor e a noite inteira se rejubilava".
Passados mais de 30 anos a cena foi também descrita por São João Boa Ventura. Posteriormente, outros autores, ampliando a descrição, mencionam que eram esculpidas as figuras do Menino, da Virgem e de São José. O certo é que a descrição de Tommaso da Celano deu origem a inúmeras representações esculpidas na Itália e no sul da França, passando depois para outras regiões. Sabe-se que em Portugal existia um Presépio de século XVIII, vindo de Nápoles, difundiu-se por toda Espanha o hábito de manter o Presépio nas salas dos lares com figuras de barro ou madeira. Esse hábito fez renascer a tradição de São Francisco de Assis, dando origem a numerosos Presépios, desde os mais modestos até os mais suntuosos com centenas de figuras. De Portugal, o hábito veio para o Brasil. E, hoje, nas Igrejas e os lares cristãos de todo mundo são montados Presépios recordando o nascimento do Menino Jesus, com lindas imagens, de madeira ou barro, em tamanhos diversos. Assis, o Presépio, decorridos tantos séculos, continua sendo uma das mais preciosas tradições da festa do Natal nas Igrejas, Capelas e lares, reunindo pela fé cristã homens, mulheres e crianças.

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